Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão fazendo avanços significativos em inteligência artificial (IA) como parte de esforços para diversificar suas economias além da dependência do petróleo. Reconhecendo o potencial transformador da IA, ambas as nações do Golfo estão investindo fortemente em infraestrutura tecnológica, parcerias e na captação de talentos para se tornarem centros de inovação líderes no Oriente Médio. A Arábia Saudita lançou iniciativas importantes, incluindo um fundo de venture capital de 10 bilhões de dólares pela Humain, entidade apoiada pelo país que apoia startups de IA em setores como saúde, finanças e logística. Esse fundo destaca o compromisso do reino em integrar IA em seu modelo econômico. Além disso, a Arábia Saudita faz parcerias com grandes empresas dos EUA, como Nvidia e AMD, para acessar hardware e softwares de ponta em IA, facilitando a troca de conhecimentos e fortalecendo seu ecossistema competitivo de IA dentro dos planos de desenvolvimento nacional. De maneira semelhante, os EAU perseguem projetos ambiciosos de IA, como a iniciativa do centro de dados Stargate em colaboração com a OpenAI, posicionando-se como um polo regional de pesquisa e processamento de dados em IA. Ao combinar infraestrutura avançada com parcerias estratégicas, os EAU buscam atrair empresas e talentos internacionais em IA, aumentando sua capacidade de gerenciar grandes volumes de dados essenciais para o avanço da tecnologia. Apesar desses avanços, ambos os países enfrentam desafios, especialmente a escassez de profissionais locais em IA. Embora haja investimentos na educação e treinamentos, a demanda supera a oferta.

Para resolver essa questão, os países do Golfo oferecem políticas atrativas, como baixa carga tributária e vistos de longo prazo, para atrair especialistas, empreendedores e startups estrangeiras. Preocupações éticas também surgem, principalmente relacionadas à vigilância e privacidade de dados, diante do uso de IA pelos governos em ações de segurança. Críticos alertam para possíveis abusos e violações de direitos, tornando necessária uma regulamentação cuidadosa para equilibrar inovação, privacidade e direitos humanos. Além disso, a dependência de tecnologia e conhecimento ocidentais gera preocupações estratégicas, especialmente por parte dos EUA, relacionadas ao risco de vazamento de tecnologias sensíveis para rivais como a China. Isso levou a uma abordagem mais cautelosa e maior vigilância por parte dos parceiros ocidentais. No entanto, Arábia Saudita e os EAU promovem ativamente a colaboração internacional, criando ambientes de investimento favoráveis com baixa tributação e incentivos de residência. Esses esforços visam tornar a região atrativa para pesquisadores, desenvolvedores e empresas de IA que buscam crescimento e parcerias. Em síntese, Arábia Saudita e os EAU estão se posicionando como líderes em IA no Oriente Médio por meio de investimentos relevantes, parcerias globais estratégicas e políticas que estimulam a inovação e atração de talentos. Apesar dos desafios em relação à oferta de profissionais qualificados e às questões éticas, suas iniciativas focadas e a cooperação internacional evidenciam uma mudança resoluta do petróleo para um futuro centrado na inteligência artificial.