REVERSÃO DE POLÍTICA: Após anos de aumento das restrições, a decisão de permitir a venda dos chips H200 da Nvidia para a China provocou objeções de alguns republicanos. Bloomberg Republicanos da Câmara dos EUA estão defendendo uma supervisão legislativa semelhante à de vendas de armas para as exportações de chips de inteligência artificial (IA), à medida que o governo Trump avança com licenças que permitem que a Nvidia Corp envie seu processador H200 para a China. O deputado Brian Mast, republicano e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, que supervisiona os controles de exportação, introduziu na sexta-feira a Lei de Supervisão de IA (AI Overwatch Act). Esta proposta obrigaria o Congresso a ser informado sobre vendas de chips de IA para adversários. De acordo com o projeto de lei, qualquer processador que atinja ou supere a capacidade do H200 da Nvidia estaria sob essa supervisão. Os legisladores teriam 30 dias para bloquear remessas propostas por uma resolução conjunta e estabelecer um mecanismo para que empresas confiáveis de IA possam obter isenções de licença ao exportar chips para aliados dos EUA e nações neutras. A proposta recebeu apoio de John Moolenaar, chefe do Comitê de Seleção da Câmara dos EUA sobre o Partido Comunista Chinês, bem como dos republicanos Bill Huizenga e Darin LaHood. Na semana passada, Moolenaar enviou uma carta ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, solicitando um briefing sobre a decisão de Trump de permitir a exportação do H200 e de chips similares para a China, questionando a justificativa da administração. Na quinta-feira, um grupo de democratas da Câmara, liderado pelo deputado Gregory Meeks, propôs sua própria legislação para chips de IA, que proíbe totalmente a venda de chips avançados de IA para a China e outros países de interesse, enquanto facilita licenças para empresas americanas que constroem data centers no exterior. Esses esforços legislativos para aumentar o controle sobre a venda de chips avançados para a China ocorrem pouco mais de uma semana após a aprovação do H200, marcando uma reversão significativa após anos de restrição à exportação pelos EUA. O chip H200 é aproximadamente seis vezes mais potente do que o H20 — o chip mais avançado permitido atualmente à China comprar sob as regras existentes, segundo um relatório do Instituto de Progresso. O projeto de lei fornecerá acesso a dados sobre quantidades de exportação de chips e os end-users aos membros do Comitê de Relações Exteriores e aos painéis de Bancos do Senado, como parte de uma supervisão reforçada. Além disso, a legislação exigiria certificações de que os chips não serão utilizados para fins militares, de inteligência ou vigilância. Também exige confirmação de que as vendas para nações adversárias não causarão escassez de suprimentos para consumidores americanos. Desde que os EUA restringiram inicialmente a venda de chips avançados de IA em 2022, houve pouco apoio em Washington para vender deliberadamente esses chips à China.

A disposição de Trump de permitir exportações de chips mais avançados, como o H200, para a China tem sido alvo de críticas por alguns republicanos no Congresso, embora sua oposição permaneça contida. Em fórum de segurança na semana passada, o senador Dave McCormick manifestou preocupação cautelosa: “Estou preocupado. . . Não estou claro de por que esse é o caminho certo para nós. Quero ser convencido, porque continuo fazendo essa pergunta. ” McCormick questionou a alegação da administração de que vender chips de IA para a China desaceleraria os avanços dos fabricantes chineses em desempenho e qualidade de produtos. “Não está claro para mim como isso de alguma forma desaceleraria esses avanços, e parece mais provável que os aceleraria, ” afirmou. “Você pode contar com a China fazendo tudo ao seu alcance para desenvolver sua própria capacidade independente, e a posição dos Estados Unidos, na minha opinião, deveria ser fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para manter a liderança. ”