Uma equipe de pesquisa liderada pelo estudante de doutorado de Stanford, Joon Sung Park, desenvolveu agentes de simulação baseados em IA ao recriar réplicas de 1. 000 indivíduos diversos. Os participantes completaram testes de personalidade, pesquisas sociais e jogos de lógica duas vezes, e seus respectivos agentes de IA realizaram posteriormente as mesmas tarefas. Os resultados mostraram uma semelhança de 85% entre os participantes humanos e suas réplicas de IA. Joon Sung Park acredita que esses agentes de IA poderiam representar o futuro, pois podem eventualmente replicar a tomada de decisão humana com precisão. Esses agentes de simulação oferecem um método econômico, prático e ético para conduzir pesquisas em ciências sociais. Usando modelos de IA para se comportar como pessoas reais, os pesquisadores podem testar intervenções em redes sociais, comportamentos no trânsito e mais. Os agentes de IA baseados em ferramentas atuais — construídos para realizar tarefas como entrada de dados ou agendamento de compromissos — diferem dos agentes de simulação, mas ambos têm potencial para aprimorar o desenvolvimento de IA. John Horton, do MIT Sloan, sugere que combinar dados reais de humanos para criar personas programáveis pode avançar significativamente a pesquisa em IA. No entanto, o estudo destaca riscos potenciais, como a criação de deepfakes não autorizados e a garantia de representação precisa dos comportamentos humanos.

A equipe usou métodos de avaliação básicos, como o General Social Survey e testes que avaliam os cinco grandes traços de personalidade, mas esses não capturam toda a unicidade humana. Foi observado que a IA teve mais dificuldade com testes comportamentais, como o "jogo do ditador". Para superar esses desafios, os pesquisadores conduziram entrevistas qualitativas, que consideraram eficazes para capturar experiências e detalhes humanos únicos. Joon argumenta que entrevistas revelam idiossincrasias e insights pessoais que pesquisas não podem. Tendo experimentado isso pessoalmente por meio de entrevistas em podcasts, ele considera essa uma técnica poderosa para aprender sobre indivíduos. Hassaan Raza, CEO da Tavus, observa que produzir um gêmeo digital tradicionalmente requer uma grande quantidade de dados, mas a nova abordagem sugere coletar informações humanas menos detalhadas, mas essenciais, por meio de entrevistas. Sua empresa está explorando esse método eficiente para criar réplicas digitais ao sugerir entrevistas curtas e consecutivas de IA como um meio de desenvolver um gêmeo digital abrangente.