A Apple está enfrentando grandes desafios na atualização de seu assistente de voz Siri com capacidades avançadas de inteligência artificial (IA), levantando preocupações dos investidores sobre sua estratégia geral de IA e sua competitividade em um cenário tecnológico em rápida evolução. Apesar de esforços concentrados para aprimorar o Siri usando grandes modelos de linguagem (LLMs) para conversas mais naturais, a Apple enfrentou contratempos técnicos e dificuldades de integração que atrasaram o progresso de sua atualização de IA. Ex-funcionários revelam que a estratégia de atualizações incrementais da Apple—em vez de reconstruir o Siri do zero—tem causado bugs persistentes e problemas de desempenho, deixando o Siri atrás de rivais mais avançados, como o ChatGPT da OpenAI e a IA do Google. Pessoas próximas à empresa observam que essas atualizações graduais comprometeram a funcionalidade, a experiência do usuário e a capacidade de resposta do Siri. Esses atrasos aumentaram a desconfiança dos investidores antes da Conferência Anual de Desenvolvedores Worldwide (WWDC) da Apple, um evento que historicamente apresenta avanços em IA. A atualização do Siri é central na iniciativa "Apple Intelligence" da Apple, introduzida na WWDC anterior, que busca oferecer recursos alimentados por IA para melhorar a experiência do usuário em todo o ecossistema da Apple. No entanto, muitas capacidades prometidas ainda não foram lançadas, o que tem sido alvo de críticas de analistas e usuários. As dificuldades da Apple são agravadas por restrições regulatórias, especialmente na China—um de seus maiores mercados—onde novas regras limitam a implantação livre de recursos de IA e aumentam os riscos operacionais.

Além disso, pressões legais crescentes em várias regiões complicam ainda mais os planos de desenvolvimento e implantação de IA. Esses desafios impactaram especialmente a perspectiva financeira da Apple e sua percepção no mercado, com as ações da companhia caindo cerca de 18% em 2025—o desempenho mais fraco entre as principais empresas de tecnologia—destacando as dúvidas dos investidores sobre seu pipeline de inovação e sua posição competitiva em IA. Mudanças na liderança também influenciaram a trajetória de atualização do Siri. A forte ênfase da Apple na privacidade, por meio do processamento de IA no dispositivo—operações feitas diretamente nos aparelhos em vez de na nuvem—, tem sido elogiada pela proteção de dados, mas trouxe obstáculos técnicos. Essa abordagem centrada na privacidade torna mais difícil a implementação de recursos de IA sofisticados, que geralmente dependem de recursos baseados na nuvem. Enquanto isso, concorrentes como a OpenAI intensificaram sua rivalidade ao estabelecer parcerias com o designer Jony Ive para desenvolver hardware personalizado otimizado para IA, sinalizando uma divergência estratégica rumo a soluções integradas de hardware e software que aprimoram o desempenho e o engajamento. O CEO da Apple, Tim Cook, reconheceu publicamente os atrasos na atualização do Siri, citando os altos padrões de qualidade da empresa e ressaltando o compromisso de oferecer um assistente de IA elegante e confiável, em vez de lançar recursos incompletos precipitadamente. Essa situação evidencia a luta mais ampla da Apple para manter sua vantagem competitiva diante dos rápidos avanços em IA. À medida que a IA passa a ser uma força definidora no setor tecnológico, a Apple enfrenta pressão para acelerar o desenvolvimento, refinar suas estratégias e atender às expectativas de investidores e consumidores—equilibrando seus compromissos essenciais com privacidade e qualidade, com a necessidade de liderar em experiências de usuário baseadas em IA.