A rodada de financiamento anunciada na terça-feira (24 de junho) foi liderada pela DRW Venture Capital e Tradeweb Markets, com participação de diversos investidores, incluindo Goldman Sachs, que desempenhou um papel fundamental na implementação da blockchain. “Esse financiamento acelera a adoção de finanças institucionais e descentralizadas na Canton Network, a única blockchain pública, permissionless, de camada 1, que oferece privacidade configurável e conformidade de nível institucional em escala”, afirmou a empresa em um comunicado à imprensa. A injeção de capital irá expandir a integração de centenas de bilhões em ativos do mundo real (RWAs) na Canton, além de reforçar as parcerias com muitos participantes existentes na rede, incluindo Goldman Sachs, que têm contribuído para testes, governança, infraestrutura ou desenvolvimento de aplicativos na Canton Network desde seu início. “Esse marco de financiamento confirma a inevitabilidade do que imaginávamos há anos: uma blockchain pública com privacidade habilitada, especificamente projetada para adoção institucional”, disse Yuval Rooz, cofundador e CEO da Digital Asset, no comunicado. “A Canton já suporta uma variedade de classes de ativos — desde títulos até fundos alternativos — e esse aporte acelerará a entrada de ainda mais ativos do mundo real, finalmente tornando realidade a promessa transformadora da blockchain em escala institucional. ” A PYMNTS abordou o lançamento da Canton Network no ano passado, destacando seu projeto piloto voltado a demonstrar interoperabilidade entre 22 aplicações de registros distribuídos independentes (dApps) no mercado de capitais, “para mostrar como uma rede de aplicações interoperáveis pode se conectar de forma transparente para possibilitar transações seguras e atômicas, enquanto reduz o risco de contraparte e de liquidação”. A principal descoberta do piloto foi a capacidade das redes de registros distribuídos de aproveitar a tecnologia blockchain enquanto preservam a privacidade e o controle exigidos por instituições regulamentadas. Historicamente, as empresas têm sido limitadas pela falta de controle sobre os dados e pela necessidade de trocar interoperabilidade por privacidade, o que dificultava o uso das eficiências da blockchain. “A Canton possibilita que sistemas financeiros previamente isolados se conectem e se sincronizem de formas antes impossíveis, tudo dentro das estruturas regulatórias existentes”, afirmou Rooz na época. Em notícias relacionadas à blockchain, a PYMNTS reportou nesta semana sobre os desafios de custódia enfrentados pelas tesourarias corporativas que possuem bitcoins. O seguro de ativos digitais ainda está em estágio inicial, observou o relatório, levando algumas empresas a explorar soluções inovadoras, como custódia distribuída ou contratos inteligentes de seguro programáveis, enquanto outras aguardam regulações mais claras que aumentem a confiança dos seguradores na subscrição de apólices em grande escala. “Em relação a soluções on-premises, manter bitcoin com segurança exige expertise técnica, infraestrutura robusta e controles internos rigorosos”, acrescentou o relatório.

“Efetivamente, a empresa precisa operar como um banco, um modelo bastante diferente do que a maioria dos departamentos financeiros está acostumada. ”