Este trecho do boletim 0xResearch discute o estado atual da indústria de blockchain, especialmente a proliferação de blockchains Layer 1 (L1) e o ceticismo que eles enfrentam. Apesar da frustração generalizada com o crescente número de cadeias, os lançamentos de novas L1 continuam, como visto nas recentes rodadas de captação de recursos: o Camp Network levantou 30 milhões de dólares com uma avaliação de 400 milhões de dólares; a Unto garantiu 14, 4 milhões de dólares com uma avaliação de 140 milhões de dólares; e a Miden arrecadou 25 milhões de dólares, com avaliação não divulgada. Os críticos frequentemente atribuem esses lançamentos a “ganância” e ao chamado prêmio L1—exemplificado pela SUI, cujo token quase dobrou de valor apesar de fundamentos fracos e receita baixa de taxas. Enquanto alguns podem ver isso como uma anomalia, o prêmio L1 persiste, incentivando novos projetos. Outra perspectiva é que os fundadores perseguem diferentes visões para a otimização de cadeias, debatendo ambientes de execução, captura de MEV, camadas de dados e recursos de governança, como oráculos ou tokens de gás. Essas diferenças técnicas e sociais, incluindo iniciativas como o zk rollup da Rogue, livre de VC e de lançamento justo, refletem diversas liberdades econômicas valorizadas pelos desenvolvedores. No entanto, o otimismo surge à medida que as avaliações de L1 estão sendo comprimidas em comparação com ciclos anteriores. Por exemplo, as avaliações recentes do Monad e do Initia são significativamente menores do que as avaliações de 5, 25 bilhões de dólares da Avalanche e 7, 6 bilhões de dólares do Flow em 2022.

Tanto os mercados privados quanto os públicos estão se ajustando à saturação de cadeias, demonstrando os efeitos corretivos do mercado livre. O financiamento total de blockchain mostra uma tendência de queda, embora isso possa frustrar aqueles que esperam eliminar completamente as novas cadeias. A frustração com o excesso de cadeias muitas vezes está ligada ao desejo por mais aplicações. Historicamente, entre 2013 e 2017, aplicativos de consumo atraíam a maior parte do investimento de risco, segundo a tese Fat Protocol de Joel Monegro, de 2016, mas essa tendência se reverteu. A 1kx, um investidor ativo em aplicações de consumo, destaca os desafios no financiamento de apps: as aplicações dependem de tração e fornecem feedback imediato, enquanto infraestrutura pode assegurar investimentos pré-lançamento com base em comparáveis de mercado. Aplicações bem-sucedidas como Pudgy Penguins e Axie Infinity superaram esses obstáculos. Notavelmente, a receita de aplicações atualmente supera a receita de protocolos na maioria das cadeias. Se os mercados livres corrigiram a supervalorização das L1, uma mudança positiva semelhante pode ocorrer para o financiamento de aplicações, potencialmente revitalizando o ecossistema. Para receber edições completas deste boletim e mais insights, considere assinar.