O Senado encerrou o debate sobre a lei bipartidária GENIUS ("Gearing Up for Emerging New Innovations with Unbiased Secure Stablecoins"), marcando um passo importante rumo à criação de um arcabouço regulatório abrangente para stablecoins. Essa legislação busca garantir a proteção do consumidor e a estabilidade financeira diante do setor de criptomoedas em rápida evolução. Sua aprovação permitiria uma votação decisiva, possivelmente estabelecendo um precedente para futuras leis relacionadas à blockchain. Apoiada por ambos os partidos, a Lei GENIUS reconhece o papel crescente das stablecoins – esses ativos digitais atrelados ao dólar fiat são fundamentais para finanças descentralizadas e transações tradicionais – buscando equilibrar inovação com regulamentação, oferecendo diretrizes claras para emissores e usuários, aumentando a confiança do mercado e mitigando riscos sistêmicos. Esse avanço ocorre em meio a preocupações éticas ligadas ao acordo de US$ 2 bilhões da família Trump com criptomoedas em Abu Dhabi, que tem sido alvo de críticas devido à sua opacidade e possíveis conflitos de interesse. Legislativo enfatiza a necessidade de focar em frameworks regulatórios de longo prazo, ao invés de controvérsias de curto prazo, reforçando a importância da transparência e de uma supervisão robusta nas operações com criptomoedas. Concurrentemente, a Comissão de Futuros de Fraw Trading (CFTC) enfrenta um desafio de liderança, pois até junho espera-se que apenas dois comissários permaneçam, aguardando a confirmação de um novo presidente. Essa lacuna pode atrasar regulações, orientações e o desenvolvimento de políticas, especialmente porque a CFTC regula mercados derivados, incluindo certos produtos de criptografia. Na área de aplicação da lei, o Departamento de Justiça dos EUA avança com acusações contra Roman Storm, desenvolvedor ligado ao Tornado Cash – um serviço de mistura de criptomoedas – acusado de lavagem de dinheiro e violações de sanções. Apesar da expectativa de que um memorando da era Trump pudesse favorecer uma abordagem mais branda, o DOJ mantém o compromisso de processar atividades ilícitas com criptomoedas, evidenciando esforços do governo para combater crimes financeiros no espaço de ativos digitais. O Tornado Cash continua sendo um ponto central nos debates sobre criptomoedas. Seu valor total bloqueado (TVL) está próximo de US$ 452 milhões, abaixo do pico de 2021, mas ainda refletindo o interesse persistente dos usuários.

Ao misturar fundos de criptomoedas para aumentar a privacidade, o Tornado Cash complica os esforços de rastreamento por parte de reguladores e autoridades, simbolizando a tensão contínua entre a privacidade do usuário e as demandas regulatórias. No âmbito da indústria, a Coinbase, uma das principais bolsas de criptomoedas dos EUA, pode buscar adquirir a Circle, responsável pelo stablecoin USDC. No entanto, a Coinbase enfrenta atualmente uma investigação não divulgada do DOJ, ilustrando os desafios que grandes empresas de criptomoedas enfrentam ao expandir suas operações enquanto cumprem as exigências regulatórias. No mercado, moedas memes e protocolos focados em privacidade continuam ganhando velocidade. As moedas memes, impulsionadas pelo hype nas redes sociais e pelo entusiasmo da comunidade, despertam tanto otimismo quanto cautela devido ao risco especulativo. Já as tecnologias de privacidade atraem usuários preocupados com segurança, mas levantam dúvidas sobre conformidade regulatória. A nível estadual, o Texas está próximo de aprovar a legislação de Reserva Estratégica de Bitcoin, permitindo que o estado mantenha uma reserva de bitcoin, assim como New Hampshire e Arizona. Essas iniciativas ecoam propostas do ex-presidente Donald Trump, que destacam a importância estratégica do bitcoin para as finanças. Ações estaduais como essas indicam uma integração crescente das criptomoedas nas estratégias financeiras públicas, potencialmente influenciando a adoção e a regulamentação mais ampla. Em resumo, esses desenvolvimentos evidenciam o cenário dinâmico e multifacetado do mercado de criptomoedas nos EUA. Desde legislações federais e mudanças regulatórias até ações de fiscalização e iniciativas estaduais, o ecossistema reflete o esforço contínuo de equilibrar inovação com segurança, transparência e conformidade legal no universo dos ativos digitais.