A Fundação Katana, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de finanças descentralizadas (DeFi), está lançando sua mainnet privada com o objetivo de melhorar a produtividade dos ativos criptográficos através de maior liquidez e maiores rendimentos para os usuários. Em 28 de maio, a Fundação Katana apresentou a Katana, uma blockchain privada otimizada para DeFi, incubada pela GSR Markets e Polygon Labs, com o lançamento da mainnet pública previsto para junho. Essa nova blockchain oferece aos usuários a oportunidade de obter maiores rendimentos e experimentar a DeFi dentro de um "ambiente de rendimento único e otimizado" que desbloqueia valor oculto ao permitir que cada ativo digital “ trabalhe mais”, de acordo com um anúncio divulgado ao Cointelegraph. “Usuários de DeFi merecem ecossistemas que priorizem liquidez sustentável e rendimentos ‘reais’ e consistentes”, declarou Marc Boiron, CEO da Polygon Labs e contribuidor central do projeto Katana. Ele acrescentou: “O modelo centrado no usuário da Katana transforma ineficiências em vantagens, criando um ambiente de soma positiva genuína tanto para desenvolvedores quanto para participantes. ” A Katana busca resolver o problema da fragmentação de liquidez na indústria cripto, que frequentemente causa deslizamentos significativos de preço e atua como um obstáculo-chave para o engajamento institucional na DeFi. Relacionado: Veja como a abstração minimiza a fragmentação na DeFi, tornando-a mais fluida Para combater o deslizamento de valor na DeFi, a blockchain da Katana consolida a liquidez de múltiplos protocolos e agrega rendimentos de todas as fontes possíveis, estabelecendo um ecossistema com liquidez mais profunda e taxas de empréstimo e tomada de empréstimo mais previsíveis. A participação institucional na DeFi deve triplicar em dois anos, passando de 24% para 75% entre 350 investidores institucionais pesquisados, de acordo com a consultoria EY-Parthenon. Para atender à crescente demanda institucional por liquidez, o pool de liquidez da Katana integra diversos protocolos, incluindo o protocolo de empréstimo Morpho, a exchange descentralizada (DEX) Sushi e a DEX perpétua Vertex. Essa integração permite aos usuários negociar “ativos blue-chip” sem a necessidade de transferências entre blockchains. A Katana também integrou as sequências da Conduit e a rede de oráculos descentralizados Chainlink. Relacionado: CEO da Polygon: DeFi precisa abandonar o hype e focar em liquidez sustentável A Katana visa ampliar os rendimentos de DeFi a partir de “oportunidades baseadas em Ethereum” A Katana busca fortalecer o rendimento sustentável ao fomentar um ecossistema DeFi unido.

Por exemplo, o VaultBridge implanta ativos bridgados em estratégias de empréstimo overcollateralizadas e cuidadosamente selecionadas na Ethereum via Morpho para gerar rendimento, que é então roteado de volta e capitalizado dentro da Katana. O protocolo planeja reinvestir as taxas de rede e uma parte da receita das aplicações em seu próprio ecossistema. “Essa abordagem reduz a dependência de incentivos de curto prazo, gera rendimento constante e, à medida que se expande, oferece uma rede de segurança mais estável durante períodos de volatilidade e choques de liquidez”, explicou Boiron ao Cointelegraph, detalhando: “O rendimento é distribuído proporcionalmente a cada cadeia usando o protocolo VaultBridge, com base na parcela de depósitos totais na VaultBridge. ” “Portanto, se a Katana representar 20% do total de depósitos na vault, ela receberá 20% do rendimento de volta”, acrescentou. A Katana então alocará sua parcela de rendimento aos usuários por meio de incentivos aprimorados na DeFi em “aplicativos principais” como Sushi, Morpho ou Vertex. Esse rendimento é originado de “oportunidades baseadas em Ethereum e ainda mais impulsionado pelos aplicativos principais da Katana”, observou Boiron. Anteriormente, o CEO da Polygon Labs criticou protocolos de DeFi por fomentar um ciclo de “capital mercenário”, oferecendo rendimentos percentuais anuais (APYs) exorbitantes por meio de emissões de tokens. Além dos desafios relacionados à infraestrutura, a incerteza regulatória permanece como uma grande barreira para a adoção institucional da DeFi. Preocupações regulatórias foram identificadas por 57% dos investidores institucionais como a principal razão para sua relutância em participar de atividades DeFi.